Durante um ano, o cidadão vai poder avaliar os ônibus da cidade. A auditoria cívica no transporte público rodoviário do DF tem como objetivo fomentar o controle social e subsidiar as políticas públicas do setor
“O objetivo do projeto é trazer o cidadão para avaliar a política pública de transporte coletivo do DF. A cada três meses, será gerado um relatório que o Ministério Público vai apresentar à Secretaria de Mobilidade como subsídio para melhorias do serviço”, explica a promotora de Justiça de Defesa do Patrimônio Público Lenna Daher.
Para o lançamento do projeto, foi realizada uma blitz na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto. Voluntários e integrantes do IFC e do MPDFT explicaram o projeto para a população e ajudaram no preenchimento do questionário. Maria Rosa, 55 anos, é autônoma. O transporte público é seu único meio de locomoção e ela utiliza o serviço quatro dias por semana. Moradora do Paranoá, ela reclamou do tempo de espera, da conservação dos ônibus e da superlotação.
Geraldina Pereira, 79 anos, também tem nos ônibus o seu único meio de locomoção. Usuária da gratuidade para pessoa idosa, ela falou sobre a escassez de ônibus onde mora, em Taguatinga Norte. Disse que não é incomum gastar mais de duas horas de espera na Rodoviária do Plano Piloto. Dos cidadãos abordados, não houve elogios ao transporte público rodoviário do DF. Existe esse sentimento de que há uma insatisfação com o serviço oferecido, entretanto, não há números. A pesquisa vai poder identificar a satisfação os usuários e ajudar a traçar estratégias para a melhoria do serviço.
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