Unidade é alvo de reclamações relacionadas à prestação de serviços a gestantes e parturientes
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) realizou vistoria no serviço obstétrico do Hospital Regional do Gama nesta quinta-feira, 30 de junho. A visita foi um acompanhamento de inspeção realizada em 2019. O hospital é objeto de grande número de reclamações relacionadas à violência obstetrícia e demais problemas com parturientes e recém-nascidos. A Pró-Vida irá elaborar um relatório com sugestões e recomendações sobre as condições observadas para enviar à Secretaria de Saúde.
O médico da Pró-Vida Márcio de Souza avalia que houve melhoria em alguns aspectos em comparação com 2019, mas outros ainda precisam ser aprimorados. “O principal problema é o déficit de recursos humanos. Hoje, faltam cerca de 34 obstetras para completar a escala de trabalho, além de ginecologistas, neonatologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem”, explica.
A Promotoria também observou precariedade da estrutura física, com presença de camas, macas e poltronas danificadas, além da ausência de banheiro masculino próximo das salas de parto para uso dos companheiros das parturientes.
Para o MPDFT, uma das melhorias foi no espaço de acolhimento à gestante, que anteriormente se localizava na parte de fora do hospital e agora está localizado dentro do prédio e oferece mais privacidade e segurança tanto às pacientes quanto aos profissionais de saúde.
Outro ponto positivo observado foi a presença e o adequado funcionamento dos aparelhos apropriados para a realização de exames pré-natais, como o equipamento de ultrassonografia e o de cardiotocografia, que avalia se o feto está em sofrimento.
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