O perigo aviário no Aeroporto Internacional de Brasília foi tema de reunião promovida pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema) com representantes de instituições ambientais e aeronáuticas. Os participantes discutiram alternativas para solucionar o problema de incidentes com aves no aeroporto.

Na reunião, realizada em 15 de abril, a Promotora de Justiça Kátia Christina Lemos destacou que desde 2005 tramita, na Prodema, um procedimento que trata de atividades de perigo aviário. O objetivo da reunião foi avaliar o que pode ser feito preventivamente para evitar novos incidentes.

Os participantes do encontro sugeriram que se identifique os abatedouros e açougues, no raio de 20km do aeroporto, para fazer um mapeamento de possíveis causas de atração de aves para o local; e que os policiais militares elaborem um banco de dados relacionando as aves que aparecem no aeroporto. Outra sugestão dada foi o estabelecimento de horário específico do recolhimento do lixo, tendo como parâmetro o horário de pico das aeronaves (7h a 13h e após as 17h), combinado com trabalho de educação ambiental.

Ficou acertado que a Promotoria vai receber cópias de relatórios do Programa Brasília Sustentável,  do Serviço de Limpeza Pública (SLU), do Instituto Ambiental Brasileiro (Ibram) e do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) para analisar os possíveis problemas na área do aeroporto. Uma nova reunião será realizada em breve para continuação dos debates e avaliação das sugestões.

Participaram da reunião representantes da Seripa, do Ibram, da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), da Polícia Militar Ambiental, das Administrações Regionais do Lago Sul e do Park Way, da Secretaria de Segurança Pública/Defesa Civil, da Agência Nacional de Aviação Civil, do Programa Brasília Sustentável, do SLU, das empresas aéreas Webjet e Gol, e da Universidade Católica de Brasília.