A biblioteca da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) recebeu obras para a criação de seu acervo em braille. As primeiras obras foram doadas pela Secretaria Especial de Editoração e Publicação do Senado Federal. Os títulos são a Lei Orgânica do DF, o Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Doação de Órgãos e a Constituição do Estado de Minas Gerais. Em breve, a Escola vai receber a Constituição Federal.

A montagem do acervo segue o lema "É criminoso discriminar", campanha adotada pela ESMPU na comemoração de seus 10 anos de criação. Para consultar as obras da biblioteca, o público deve se cadastrar na recepção da sede da ESMPU, na 604 Sul, Avenida L2. O horário de funcionamento é das 8h às 21h.

"O braille é fundamental para os estudos", ressalta o servidor público João Monteiro, que é deficiente visual. Para ele, é mais fácil assimilar a informação lida pelo tato do que em áudio. Além disso, Monteiro afirma que o sistema permite verificar a grafia das palavras. Para passar no concurso, o servidor recorreu principalmente a material sonoro, pois considera a bibliografia jurídica adaptada escassa.

A supervisora pedagógica do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais de Brasília, Susana Carvalho, explica que muitas pessoas com deficiência se graduam em direito. Porém, segundo ela, a velocidade com que a legislação muda é superior à de produção de títulos em braille. Assim, o material existente se desatualiza.

A biblioteca do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem, em braille, salmos bíblicos do Velho Testamento e o Código de Defesa do Consumidor. A consulta é aberta a todos.

Assessoria de Comunicação Social do MPDFT
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