A comunidade do Paranoá comemorou com música e festa os dois anos de Lei Maria da Penha. O evento, promovido pelo Tribunal de Justiça e pela Administração Regional, encerrou uma semana de atividades voltadas para a divulgação da lei e para a conscientização sobre a violência doméstica. Alunos e alunas de escolas públicas da cidade participaram da solenidade, animada pela banda da Polícia Militar do Distrito Federal e por uma queima de fogos.
O Administrador Regional do Paranoá, Sergio Costa Damasceno, lembrou a história da biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes e de sua luta para que o ex-marido agressor fosse punido. “Foi preciso que uma mulher passasse por tantos sofrimentos e humilhações para que entendêssemos o fundamental. O respeito ao próximo é o princípio de tudo”. O Administrador afirmou que 40% das agressões deixam lesões graves, e concluiu: “Vamos conseguir vencer a violência doméstica divulgando a lei e denunciando agressores”.
Para a Promotora de Justiça Fabiana Costa, da 1ª Promotoria Especial Criminal do Paranoá, a Lei Maria da Penha é um marco na responsabilização das instituições. “A partir da lei, o juiz, o delegado, o promotor e o policial têm a obrigação de ajudar a mulher em situação de violência”. Fabiana também lembrou que o Centro de Atendimento à Mulher do Paranoá é um lugar onde as mulheres podem buscar ajuda antes mesmo da agressão. “Nós não admitimos, em nenhuma hipótese, que a violência aconteça dentro dos lares”.
A Juíza Titular do 1º juizado de Competência Geral e de Violência Doméstica Contra a Mulher, Rita de Cássia Rocha, acredita que a Lei Maria da Penha é um símbolo de igualdade entre homens e mulheres e da luta pelo fim da violência doméstica. “Convido todas as pessoas a se engajarem na divulgação da Lei, pois queremos não só punir, mas prevenir”.
A festa teve ainda a participação da coordenadora da Associação de Idosos do Paranoá, Josefa Moraes Sobrinha. Dona Zefinha, como é mais conhecida, cantou em homenagem às mulheres e à luta contra a violência doméstica.