Alunos da rede pública de Taguatinga assistiram, na manhã desta segunda-feira, palestra do Promotor Rubin Lemos, Coordenador do Grupo de Apoio à Segurança Escolar (GASE). A ação de combate à violência nas escolas promovida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) completa, em 2009, oito anos. O Promotor lembrou as conquistas e vitórias dos Conselhos de Segurança Escolar implantados em dezenas de escolas do Distrito Federal.
O Promotor de Justiça Rubin Lemos afirmou que tem um carinho especial por Taguatinga, cidade onde ele iniciou a carreira no Ministério Público e também onde o GASE começou. Ele relembrou que a iniciativa do projeto surgiu depois de um assassinato, dentro de uma escola que atendia alunos entre 10 e 11 anos.
Segundo Rubin Lemos, entre 90% e 80% dos atos de violência que acontecem nas escolas não são registrados porque os professores não sabem a quem recorrer. “É nessa hora que os professores devem pedir auxílio e ter consciência de que sozinhos, os educadores não conseguem resolver a violência nas escolas. É um problema da sociedade”, destacou o representante do MPDFT.
O Coordenador do GASE explicou que o Conselho de Segurança Escolar tem como base dois paradigmas, a prevenção e a repressão. “A prevenção começa ontem, e nunca acaba, porque a violência também nunca acaba e está em todos nós, mas pode diminuir consideravelmente com exercício da cidadania”, afirmou.
Para o Promotor de Justiça, o ambiente escolar deve ser modificado para tornar-se um lugar agradável para professores, alunos e comunidade. “Isso diminui até a evasão escolar”, comenta Rubin Lemos. Ele defende a mudança na visão massificada dos conteúdos escolares e a retomada dos aspectos éticos e morais. “As crianças estudam português e matemática, mas furtam a borracha do colega. O furto dentro das escolas tornou-se banal. Temos que formar cidadãos éticos e morais”, defendeu.