O jornal Correio Braziliense promoveu na última terça-feira, 28 de abril, a oitava edição do projeto Dois Pontos, um bate-papo mensal sobre temas relevantes e atuais. O debate deste mês abordou a violência no ambiente escolar e o seu reflexo na sociedade e contou com a presença de orientadores educacionais, psicólogos, professores e pais. A Promotora de Justiça da Infância e da Juventude e Coordenadora do Grupo de Apoio à Segurança Escolar do MPDFT Luisa de Marillac, que presidiu o debate junto com o editor-assistente do Correio, Carlos Alexandre de Souza, alertou que os problemas que chegam às escolas precisam ser enfrentados de forma compartilhada: "A escola não pode se isolar, porque ela sendo um espelho da sociedade, acaba enfrentando problemas muito complexos. A responsabilidade é de toda a sociedade e é preciso o esforço não só do Estado, como também o envolvimento de toda a família. Esse é um desafio imenso", ressaltou.
O editor-assistente do jornal chamou atenção para os casos de violência escolar noticiados recentemente na imprensa. Segundo ele, quando o problema vira machete, é sinal de que já está grande demais:"Quando o jornal chega, significa que o copo já entornou", alertou. Para o funcionário público Carlos Gomes, pai de duas estudantes do Colégio Candanguinho, o debate mostou um foco diferente do problema: "Eu percebi que é preciso ver a questão da violência em um contexto maior. Os pais, inclusive, precisam se envolver com a escola, senão não funciona", afirmou.