Nesta terça-feira, 30 de junho, o Promotor de Justiça Leandro Lobato Alvarez apresentou ao Conselho Comunitário de Segurança Escolar de Brazlândia o Projeto de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. Cerca de quinze representantes de órgãos do Governo e instituições locais participaram da reunião, que ocorreu na Regional de Ensino da cidade.

Com a percepção de que crianças e adolescentes de Brazlândia têm tido vários problemas com drogas, o Promotor sentiu a necessidade de prevenir outras consequências negativas. “Essas crianças e adolescentes podem se tornar os bandidos de amanhã. Por meio da prevenção, nós podemos evitar que eles sigam esse rumo errado”, ressaltou.

O objetivo do projeto é combater o uso de entorpecentes entre crianças e adolescentes por meio de três abordagens: a terapêutica, para recuperar o jovem que apresenta dependência; a repressiva, que combate o tráfico e o uso de drogas; e a preventiva. A última é composta por três tipos de prevenção:

- prevenção primária: tem a finalidade de evitar que o uso indevido de drogas se instale. Algumas ações preventivas já são feitas, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), destinado a alunos de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Outra ação é o curso antidrogas promovido pelo Ministério da Educação, a Universidade de Brasília e a Secretaria Nacional Antidrogas. Além disso, o MPDFT pretende fazer palestras destinadas a professores das escolas de Brazlândia sobre a identificação de fatores de risco e a ideia de oferecer atividades aos alunos no horário oposto à aulas.

- prevenção secundária: atinge os casos de usuários ou alunos que já experimentaram drogas, evitando a evolução para usos mais frequentes e prejudiciais;

- prevenção terciária: está relacionada às abordagens e encaminhamentos necessários no processo de recuperação e reinserção dos alunos que já têm problemas com o uso ou que apresentam dependência.

Segundo o Promotor, quando se trata de prevenção secundária ou terciária, os pais devem ser avisados sobre a situação dos filhos. Isso porque eles precisam estar cientes de que algumas de suas atitudes deles refletem nos jovens. Leandro lembrou, ainda, que é importante combater não só drogas ilícitas, como maconha, LSD e cocaína, mas também o uso abusivo do álcool.

Por fim, o Promotor lembrou a necessidade do envolvimento de toda a comunidade. “O projeto tem que ser permanente, não pode se encerrar em dois ou cinco anos. É importante que a escola, a família e o Ministério Público se responsabilizem conjuntamente pela prevenção”, destacou.