A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Brasília (ABIH) se manifestou contrária à expansão do Setor Hoteleiro Norte, na SGAN 901, em virtude do DF contar com 23 mil leitos de hotelaria disponíveis, "sem mencionar as opções de pequenos hotéis, pousadas, quitinetes e os 13 empreendimentos hoteleiros que estão em construção". A manifestação foi uma resposta ao ofício encaminhado pela 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Urbanística (Prourb) que solicitou informações sobre o déficit de leitos de hotel na capital.
O documento será juntado à ação contra a expansão do Setor Hoteleiro Norte, ajuizada pela Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo cálculos da ABIH/Brasília, os lotes vagos e empreendimentos em construção totalizarão cerca de 6.746 novos quartos. Segundo o órgão, no Setor de Hotéis e Turismo Norte (SHTN), na região em torno do Casa Park, em Águas Claras e demais cidades do DF há ainda uma grande quantidade de lotes onde é possível a implantação de hotéis. Com esses empreendimentos, o DF terá mais cinco mil quartos e, até 2014, um total de 35 mil leitos disponíveis.
No ofício, a ABIH/Brasília afirma que a empresa responsável pela hospedagem de delegações e montagem de pacotes turísticos em nome da FIFA já contratou a quantidade de quartos de que precisava em todas as 12 cidades sede e que, dificilmente, novos parcelamentos criados para hotéis estarão aprovados, licenciados e implantados antes da Copa do Mundo de 2014.
Ao final do documento, a ABH afirma que "a Copa tem sido usada como artifício para viabilizar negócios do setor imobiliário e do Governo, seja para tentar justificar a criação de áreas não previstas no plano urbanístico da cidade, seja para influenciar os investidores na compra de quitinetes, apresentadas como quartos de hotéis, com promessas de alta rentabilidade".
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