O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) conseguiu comprovar, junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que documentos adulterados foram apresentados pela defesa do médico Lucas Seixas Doca Júnior. Ele fora denunciado pelo homicídio de Fernanda Wendling, após submetê-la à cirurgia bariátrica sem respeitar os requisitos técnicos e clínicos para realização desse tipo de procedimento.
O incidente de declaração de falsidade foi promovido pelo MPDFT. Segundo os membros da Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida), durante o processo criminal, apareceram duas cópias do mesmo prontuário médico da vítima. Ambos documentos vieram do mesmo consultório, o da médica Ângela Beatriz Zapallá. Para os promotores de Justiça da Pró-vida, as anotações inseridas a posteriori tinham o objetivo claro de favorecer a defesa judicial do réu, forjando respaldo clínico para a cirurgia que causou a morte da paciente.
A decisão favorável ao Ministério Público foi julgada pelo TJDFT na última quinta-feira, 9, após a Pró-Vida interpôr Recurso em Sentido Estrito da decisão de julho de 2011, que julgara improcedente a falsidade documental da ação penal nº 2010.01.1.096756-7.