Educadores poderão utilizar em sala de aula material produzido pelo MPDFT
Foi lançada, na manhã desta quarta-feira, 14 de setembro, a cartilha “Projeto Preserva Brazlândia: construindo cidades sustentáveis e com qualidade de vida”. Quase 600 professores da rede pública da cidade participaram do evento e puderam conhecer mais sobre o projeto. A ideia é que os educadores atuem como multiplicadores e discutam, em sala de aula, temas como preservação da Bacia do Rio Descoberto, parcelamento irregular do solo e desenvolvimento sustentável.
Segundo o promotor de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística Dênio Augusto de Oliveira Moura, coordenador do projeto Preserva Brazlândia, a região vem passando por um processo acelerado de ocupação irregular do solo e degradação ambiental. Para ele, o momento é de unir forças. “Os senhores são fundamentais nesse esforço, porque estão na ponta de uma rede que consegue alcançar a comunidade inteira”, afirmou, dirigindo-se aos professores.
A Associação dos Produtores Protetores da Bacia do Descoberto (Pró-Descoberto) é um dos parceiros do Preserva Brazlândia. A produtora rural Rosany Cristina Carvalho, representante do grupo, apresentou aos professores o trabalho de conservação realizado pela entidade. Uma das iniciativas é o projeto Descoberto Coberto, que surgiu por iniciativa da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema). Ele reúne os agricultores e o poder público para recuperar a Área de Proteção Ambiental (APA) do Descoberto e garantir a qualidade da água do reservatório por meio de ações de reflorestamento. “Estamos mostrando que é perfeitamente possível produzir e preservar o meio ambiente”, concluiu.
Outros parceiros do Preserva Brazlândia também tiveram a oportunidade de falar aos educadores. O analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Lídio Santos tratou da APA do Descoberto e do plano de manejo; o educador ambiental Luiz Felipe Alencar, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), apresentou os projetos de educação ambiental desenvolvidos em Brazlândia; e a bióloga Daniela Coelho, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), discutiu o papel da empresa na proteção dos recursos hídricos na Bacia do Descoberto.
Atividades nas escolas
As ações educacionais são um dos cinco eixos do Preserva Brazlândia. Por isso, a parceria com as escolas é fundamental para o sucesso do projeto. É o que acredita o professor Janduy Procópio Leite, coordenador regional de ensino de Brazlândia. Ele lembrou que a degradação ambiental tem impactos diretos no dia a dia da comunidade. “Este é um momento especialmente delicado porque estamos passando por um racionamento de água em nossas escolas. Todos estamos sendo afetados e precisamos agir”, defendeu.
Rui Carvalho Pereira é professor de artes no Centro Ensino Fundamental Vendinha, na área rural de Brazlândia. Ele não conhecia o projeto, mas gostou do que viu e pretende usar em sala de aula os conhecimentos adquiridos. “Percebo que tudo na natureza está interligado. Esse material com certeza vai me ajudar a trabalhar os temas ambientais com meus alunos”, acredita.
O projeto
A Comissão de Proteção à Ordem Urbanística e ao Meio Ambiente de Brazlândia (Preserva Brazlândia) foi criada em 2015 para reunir a comunidade e o poder público no combate à ocupação e ao parcelamento irregular de terras na região. São cinco eixos de atuação principais: o combate às ocupações irregulares, a integração entre os órgãos, o apoio aos produtores rurais, as ações educacionais e a organização do Encontro sobre sustentabilidade, que deve ocorrer em novembro.
Além do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), participam da iniciativa o Ibram, a Caesb, o ICMBio, a Companhia Energética de Brasília (CEB), a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), as Polícias Civil, Militar e Federal, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), a Agência de Fiscalização (Agefis) e a Coordenação Regional de Ensino, além de outros órgãos públicos parceiros, associações de produtores rurais e organizações não governamentais.
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