A coordenadora do núcleo, promotora de Justiça Liz-Elainne Mendes, destacou que a violência é multifacetada, complexa e estruturante em nossa sociedade e nossas relações. “As formas de violência mais sutis são as mais presentes e, muitas vezes, as mais difíceis de combater", afirmou. Também participaram da abertura do evento a juíza Fabriziane Figueiredo Zapata e a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Iara Lobo de Figueiredo.
Durante o encontro, foram discutidas as questões relacionadas à naturalização dos papéis atribuídos às mulheres e as violências de gênero que permeiam as relações sociais, em especial, a violência simbólica. A palestrante Tânia Mara Campos de Almeida, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres da Universidade de Brasília (Nepem/UnB), ressaltou a importância de nomear a realidade e qualificar as vivências. “A dimensão simbólica da violência de gênero é, muitas vezes, não nomeada, invisível, sutil. Piadas, imagens, situações que são pensadas ou vividas como naturalizadas, costumeiras, habituais, muitas vezes não aparentam ser ofensivas ou agressivas, mas carregam mensagens fortes, refletem relações de poder”, explicou.
A pesquisadora comparou a violência simbólica à argamassa, que estrutura e fixa as posições dos tijolos na parede. "O tijolo é mais visível, mas a argamassa está ali sustentando a parede. A violência simbólica estrutura as relações desiguais e a hierarquia das posições", disse a palestrante.Secretaria de Comunicação
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