O Tribunal do Júri de Taguatinga iniciou, na manhã desta segunda-feira, 8 de maio, o julgamento do empresário Constantino de Oliveira, conhecido como Nenê Constantino, e de mais quatro réus. Eles são acusados de envolvimento no homicídio de Márcio Leonardo de Sousa Brito, ocorrido em 2001. No período da tarde, será iniciada a oitiva de testemunhas. O processo encontra-se em segredo de Justiça, por ter sido decretada a quebra dos sigilos telefônico e bancário.
O julgamento seria realizado em 20 de março. Porém, poucos dias antes, a defesa de Constantino anexou ao processo 28 volumes de documentos, o equivalente a 5 mil páginas. O Ministério Público pediu o desentranhamento, pois não haveria tempo para análise. Como isso não foi feito, em 17 de março o promotor de Justiça Marcelo Leite pediu o adiamento do júri, e o juiz deixou para analisar o pedido durante a sessão plenária. As defesas dos outros quatro réus concordaram com o adiamento, pois também se sentiram prejudicadas.
Relembre o caso
Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Vanderlei Batista Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos Santos se uniram para retirar moradores que se instalaram em um terreno pertencente a Constantino e se recusavam a sair do local. Márcio Leonardo de Sousa Brito, líder da associação de moradores, foi executado por Manoel Tavares – contratado para realizar o crime. Manoel, posteriormente, morreu vítima de assassinato. Constantino é acusado de ser o mandante do crime. Também é réu no processo o genro de Constantino, Victor Bethônico Foresti, por ter oferecido, por duas vezes, vantagem a testemunha, com o propósito de que seu sogro fosse isento da participação no crime.
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