Segundo promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Paulo Roberto Binicheski, os “elementos colhidos durante a audiência certamente, devem ser levados para o Congresso Nacional, para opinião dos nossos representantes, para que eles decidam sobre como essas questões devem ser resolvidas”. A promotora de Justiça Liz-Elainne enfatizou que, a partir das discussões, o MPDFT pretende encaminhar o vídeo da audiência para todos os atores que são instrumentos de mudança na área do Direito do Consumidor e interessados na política de defesa dos direitos das mulheres. “Vamos acompanhar o avançar das legislações e dos novos regramentos voltados para a defesa dos direitos coletivos e indisponíveis das mulheres”, afirmou.
Binicheski explicou que, até receber a decisão da juíza que provocou a intervenção do MPDFT, não via qualquer questionamento nessa prática; entretanto, ao pesquisar e refletir sobre a questão, percebeu que havia problemas enraizados na sociedade, por isso, a importância de colher pontos de vista para subsidiar a adoção de medidas sobre o assunto. “Nós somos feitos pela nossa carga cultural, nossa ideologia. Com o acesso à informação, há uma mudança muito rápida na nossa cultura, na nossa vivência social. Por conta dessas mudanças, assuntos como esse devem ser rediscutidos”. Ele acrescenta: “Com essa prática, a mulher passa a constituir o objeto, ela é um atrativo para chamar o público masculino”.
A pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem/UnB) Ana Paula Antunes Martins apresentou folders de festas que reforçam o estereótipo de gênero, incluindo o corpo feminino como objeto de consumo. O vice-presidente da Comissão de Direito Autoral, Propriedade Intelectual e Entretenimento da Ordem dos Advogados do Brasil, Paulo Palhares, frisou a necessidade de critérios de proibição. Além disso, citou exemplos do setor empresarial, que utiliza preços diferenciados, pois o mercado está saturado. “Não há problema em praticar preços diferenciados em jogos de futebol para estimular a participação do público feminino", disse Palhares.
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