Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Estação Ecológica de Águas Emendadas comemora 50 anos

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A titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema), Cristina Rasia Montenegro, visitou, nesta terça-feira, 28 de agosto, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, em comemoração aos 50 anos de sua fundação. Servidores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que trabalham na área de perícia e apoio à Prodema também estiveram no local. “Nossos servidores trabalham com várias questões ambientais relacionadas à estação, mas sem conhecê-la. A visita foi uma oportunidade para aumentar a consciência de cada um sobre o importante trabalho de preservação do local”, ressaltou Cristina Rasia.

A visita incluiu uma passagem pelo Parque Ecológico Sucupira, onde ocorria o curso para autores de delitos ambientais. A promotora de Justiça falou sobre o valor educacional do evento para o desenvolvimento de uma consciência de preservação ambiental para a presente e a futura gerações. O grupo também passou pela Estação de Tratamento de Água (ETA) da Caesb no Córrego Fumal, que fica dentro da estação e contribui para o abastecimento público de água potável para toda a região.

Águas Emendadas

A Estação Ecológica de Águas Emendadas é uma unidade de conservação com mais de 10 mil hectares, localizada em Planaltina. É considerada uma das maiores riquezas do Cerrado. A região tornou-se a primeira reserva biológica legal do país e a primeira unidade de conservação baseada no então novo Código Florestal. Em 1992, foi declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Área Nuclear de Proteção ao Cerrado.

No local, ocorre um fenômeno raro da natureza: duas nascentes que fluem em direções opostas a partir de um mesmo acidente geográfico. De um lado, segue em direção sul até se encontrar, ainda dentro da unidade de conservação, com a lagoa Mestre D’Armas, o maior lago natural de Brasília, seguindo pelos rios Corumbá e Paraná, até chegar à Bacia Platina, na Argentina. Ao norte, as águas seguem até a bacia do Tocantins-Araguaia, de onde partem para o encontro com o rio Amazonas. Dessa forma, qualquer dano ambiental à estação terá repercussão em toda a América Latina.

Considerada por cientistas e ambientalistas um dos últimos refúgios para muitos animais ameaçados de extinção, a biodiversidade da estação possui uma grande variedade de espécies da fauna cerratenses, como o lobo-guará, o veado-campeiro, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra. Espécies de aves também são encontradas, como tucanos, papagaios, carcarás e seriemas.

A estação ecológica sofre grande pressão antrópica, cercada por fazendas, chácaras, assentamentos e espaços urbanos. Por isso, é importante o olhar sempre atento do Ministério Público e dos órgãos ambientais no monitoramento desse impacto e na luta pela preservação de sua fauna, sua flora e seus recursos hídricos. As visitas ao local são controladas, reservadas à educação ambiental e aos estudos científicos. Além de pesquisas acadêmicas, o local possui um centro de formação ambiental onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental nas escolas de Planaltina e com moradores da região.

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