Denunciados são suspeitos de integrar grupo de extermínio que agia em São Sebastião, Paranoá e Itapoã. Julgamento é referente a triplo homicídio ocorrido em 2006
O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pediu, nesta quinta-feira, 27 de setembro, a mudança do local de julgamento de três policiais militares acusados de triplo homicídio qualificado ocorrido em São Sebastião em 2006. O júri foi designado para 29 de novembro, mas o Ministério Público teme que a população local não se sinta à vontade em julgar policiais militares que atuaram na cidade, o que poderia comprometer a imparcialidade necessária para uma decisão isenta.
Foram denunciados pelo triplo homicídio qualificado – torpeza, crueldade e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas – os policiais militares Sílvio Bueno dos Reis, Júlio César Ferreira de Carvalho e Gilberto Duarte Rivaroli. Eles também são suspeitos de integrar grupo de extermínio na região.
De acordo com a denúncia, a residência de um policial militar aposentado foi invadida, ocasião em que sua arma de fogo e outros pertences foram retirados. O policial passou a suspeitar que um grupo de três amigos fosse responsável pelo furto. Informados sobre as suspeitas, os denunciados abordaram as vítimas e as levaram para as margens do Rio Jardim, sob uma ponte, em São Sebastião. No local, cobriram a cabeça dos jovens com suas próprias camisas e os executaram com um tiro na cabeça.
Se condenados, os policiais militares podem pegar penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão para cada assassinato, além da perda do cargo.
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