O promotor de Justiça Fausto Rodrigues de Lima participou, nesta quinta-feira, 6 de dezembro, do seminário “O ciclo da violência: da agressão verbal ao feminicídio”. O evento foi realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e marcou o Dia do Laço Branco, uma das ações que integram os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher.
No encontro, foram discutidos aspectos jurídicos e culturais da violência contra a mulher. Em sua fala, o promotor de Justiça apresentou casos de feminicídio e tratou da naturalização da violência. "O feminicídio é uma tradição antiga no Brasil, aceita e incentivada por lei em sua origem, como o último ato de controle sobre a mulher. É sempre precedida de violências, muitas consideradas normais e inevitáveis, como gritos e xingamentos, ou, até mesmo, confundidas com amor e cuidado, como o controle sobre roupa, maquiagem e amizades. Meninas são ensinadas a admirar essas atitudes, enquanto meninos que a violência e a ausência de sensibilidade fazem parte do seu ser. Houve avanços legais nos últimos dez anos, que têm permitido uma atuação obrigatória nas violências iniciais, evitando o ato fatal. Mas só a educação em todas as esferas sociais pode mudar uma cultura preconceituosa e violenta", explicou.
Participaram do evento operadores do Direito, representantes do legislativo, de organismos internacionais e da sociedade civil.
Laço Branco
A data lembra um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá. Um jovem de 25 anos invadiu uma sala de aula na Escola Politécnica e ordenou que os homens se retirassem. Ele então abriu fogo e matou 14 mulheres. O atirador deixou uma carta na qual dizia ter cometido o crime por não suportar a ideia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente masculino. Secretaria de Comunicação
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