Consumidores eram levados a acreditar que estavam contratando operadoras de saúde, mas não conseguiam usar os serviços. Mais de cem vítimas já foram identificadas
A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) e a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) deflagraram, na manhã desta quarta-feira, 27 de novembro, a operação Esculápio. O objetivo é investigar a atuação de organização criminosa que fraudava a contratação de planos de saúde coletivos por adesão. Estão sendo cumpridos sete mandados de busca no Distrito Federal e quatro no Rio de Janeiro. A operação tem apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Os alvos da operação são quatro empresários, cinco corretoras de seguro e três empresas de fachada. A organização vendia planos de saúde a pessoas vulneráveis, que não seriam normalmente aceitas pelas seguradoras devido à idade avançada ou à condição de saúde.
O grupo vinculava as vítimas a planos empresariais e fraudava dados como idade, vinculação à empresa e atestado de saúde. As propostas falsas eram aceitas pelas seguradoras e os clientes começavam a pagar as mensalidades, acreditando estar cobertos. Quando precisavam dos serviços, as fraudes eram descobertas e a cobertura, negada. Mais de cem vítimas foram identificadas e algumas pessoas morreram por falta de atendimento.
Segundo o promotor de Justiça Paulo Roberto Binicheski, da 1ª Prodecon, os consumidores devem estar atentos na hora de contratar planos de saúde. “É importante, depois da assinatura do contrato, verificar diretamente com as operadoras se os dados cadastrados estão corretos para evitar golpes como esse”, afirmou.
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