Faltando menos de um mês para o início das festas ainda não foi divulgado quais blocos atuarão em 2020 e nem os seus percursos
O procurador distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), José Eduardo Sabo, destacou durante os dois encontros a importância de harmonizar e compatibilizar os interesses dos moradores, foliões, produtores de eventos e órgãos de segurança. Ele também falou que a criação de zonas para realização de festas e a retirada dos blocos do Eixão foram avanços em 2019. “O Ministério Publico se preocupa em garantir a preparação e a fiscalização das atividades carnavalescas. Para isso, temos promovido reuniões com os envolvidos, para que o planejamento seja integrado e eficaz. E para que possamos identificar possíveis problemas e realizar ajustes com a antecedência necessária”, enfatizou.
Os moradores
O presidente dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg–Brasília), Alcino Marçal, disse que está preocupado, pois até o momento, faltando menos de um mês para as festividades, o governo não divulgou o cronograma dos blocos e nem os seus percursos. Já a prefeita comunitária da SQS 312, Paula Rocha, defendeu a necessidade de repensar a política pública do carnaval. Destacou que muitos dos problemas ocorrem no momento da dispersão dos blocos carnavalescos. Ela também cobrou a participação do Conselho Tutelar, que seria ausente nos eventos.
O Governo
A Polícia Militar do DF informou a criação de um gabinete para o gerenciamento das atividades de segurança do carnaval e que o efetivo será acrescido com 750 novos policiais que concluíram recentemente o curso de formação. O Departamento de Trânsito (Detran-DF), relatou quatro mortes e 72 pessoas feriadas no período do carnaval em 2019. A autarquia firmou que irá reforçar ações educativas voltadas à educação no trânsito, especialmente, sobre o perigo da mistura entre álcool e direção, inclusive dentro dos blocos.
A Secretaria das Cidades comunicou que nos dias 10 e 11 de fevereiro, realizará o cadastramento dos ambulantes que atuarão nas festas. A expectativa é que sejam expedidas cerca de mil credenciais. Em relação a limpeza pública, o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) revelou preocupação, pois o órgão é responsável pela varrição dos eventos realizados pela Secretaria de Cultura e não possui contrato para colocar equipes nas ruas entre meia-noite e sete horas da manhã. O procurador José Eduardo Sabo defendeu que seja encontrada uma rápida solução para a questão dos horários.
A promotora de Justiça da Prodema Luciana Bertini defendeu que os organizadores das festas devem ser responsabilizados pela limpeza e por possíveis danos ao patrimônio publico durante as festividades. “O GDF deve contemplar medidas de proteção”, declarou. Ela também demonstrou preocupação com o deficit do número de fiscais, principalmente do DF Legal.
Já o promotor de Justiça da Prourb, Dênio Augusto de Moura demonstrou ser contrário à autorização a liberação de blocos em áreas residenciais. Ele ressaltou a necessidade de que haja fiscalização de bares e similares durante o carnaval. “Eles devem respeitar as suas licenças e horários de funcionamento”, afirmou.
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