Condenado a 193 anos de prisão na Espanha por ter participado do Massacre de Atacha, Carlos García Juliá estava foragido desde 1994. Ele foi preso em São Paulo no ano passado. A extradição foi realizada pela Polícia Federal em 6 de fevereiro
Representaram o MPDFT os promotores de Justiça Andrea Cirineu Sacco e Roberto Carlos Batista, integrantes do Núcleo de Cooperação Internacional (NCI) da instituição. Também participaram do evento o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Massacre de Atocha
Ex-integrante do grupo de extrema direita Fuerza Nueva, Carlos García Juliá foi condenado a 193 anos de prisão pela participação no Massacre de Atocha, ocorrido em 1977. Acompanhado de mais dois homens, ele invadiu um escritório de advocacia trabalhista em Madri, localizado na Calle de Atocha, onde fica a maior estação de trem da Espanha, e matou cinco pessoas a tiros.
Em setembro de 1991, Carlos Juliá conseguiu liberdade condicional e autorização para viajar para o Paraguai a serviço, com a condição de se apresentar uma vez por mês à embaixada espanhola. Ele aproveitou a oportunidade e fugiu.
Dois anos depois, ele foi preso na Bolívia por tráfico de drogas e financiamento de grupos paramilitares. Cumpriu pena em La Paz e, após ser libertado, passou pelo Chile, Venezuela, Argentina e Brasil com documentos falsos. Em dezembro de 2018, Carlos Juliá foi preso em São Paulo, onde trabalhava como motorista de aplicativo.
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