O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Fundação Escola Superior (FES/MPDFT), certificaram nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, 18 formandos da terceira turma do “Curso de Mediação de Conflitos no Contexto Escolar”. O projeto é uma iniciativa da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) e do Grupo de Apoio à Segurança Segurança Escolar (GASE) com apoio da Coordenadoria Executiva de Autocomposição (CAUTO) em parceria com a Secretaria de Educação do DF.
O público-alvo do curso foram professores e auxiliares da Regional de Ensino do Guará. A carga horária foi de 77 horas e as aulas foram ministradas pelos instrutores Anna Maria Marques Almeida, Leila Duarte Lima e José Manoel Pereira, todos com experiência na formação de mediadores de conflitos.
O conteúdo programático foi dividido em duas fases, a primeira incluiu a simulação de conflitos e aulas teóricas, onde foram abordadas as técnicas de comunicação não-violenta, de negociação e de mediação. O cronograma também incluiu os efeitos e consequências dos confrontos para a comunidade escolar e as situações mais comuns que culminam em problemas de convivência entre os alunos. No segundo momento, os participantes tiveram a oportunidade de fazer um estágio supervisionado.
Em sua fala, a vice-procuradora-geral de Justiça, Selma Sauerbronn, agradeceu o empenho e a dedicação de todos os envolvidos no projeto e salientou a necessidade de se fortalecerem as iniciativas voltadas para a promoção da paz e da solução pacífica das controvérsias. Ela também ponderou que ao promover tal iniciativa, a instituição ajuda na construção de relações saudáveis e na humanização da Justiça.
“O Ministério Público, em seu papel de defensor da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais indisponíveis, não foge às suas atribuições ao estimular ações voltadas à resolução e à mediação de conflitos. Tais medidas são defendidas nesta Casa por acreditarmos que o acesso à Justiça deve acontecer também pelo caminho da autocomposição, do diálogo e do consenso”, concluiu.
A coordenadora do Gase, promotora de Justiça de Defesa da Educação, Márcia Pereira da Rocha, agradeceu a parceria com a Secretaria de Educação do DF, em especial o acolhimento da Regional de Ensino do Guará ao longo de todo o período do curso. Destacou ainda o apoio que Administração Superior dá ao projeto, situação que favorece a expansão da iniciativa e amplifica seu alcance social.
“Sobre o curso, gostaria de dizer que ninguém sai da forma como entrou. A mediação altera nosso modo de ver o mundo e de nos colocarmos diante de situações de conflito em qualquer área da vida, profissional ou pessoal. Entendo que a mediação escolar é uma semente que veio para ficar na vida de todos nós, acredito no poder multiplicador da cultura de paz. Vamos compartilhar esses conhecimentos e vivências”, finalizou.
A formanda Andreia Moura foi escolhida pela turma para falar sobre a experiência e os efeitos práticos para a rotina de todos eles em sala de aula daqui em diante. Ela afirma que de início, a mudança será na forma de conduzir as situações para garantir entre outras coisas a aproximação dos estudantes.
“Estamos preparados para fazer com que as pessoas enxerguem o conflito como uma oportunidade de conhecimento e crescimento. Vamos buscar orientar sob o ponto de vista neutro, entender sem julgar o outro para a construção da melhor compreensão possível”, concluiu.
A cerimônia de entrega dos certificados contou com a presença de representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Secretaria de Educação do DF, membros, a diretora da FESMPDFT, servidores do MPDFT e familiares dos formandos.
Veja aqui o depoimento dos formandos.
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