A pandemia do novo coronavírus fez com que pais e responsáveis questionassem formas de garantir o uso adequado de aparelhos eletrônicos por crianças e adolescentes
O isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus explicitou os riscos que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets, podem causar a crianças e adolescentes. Em atenção ao tema, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios listou algumas dicas para evitar o uso indiscriminado dos dispositivos. As orientações constam do vídeo MP Solidário: impacto da tecnologia na vida das crianças.
É importante que se estabeleça uma relação saudável com os recursos tecnológicos. Para isso, as relações humanas devem ser priorizadas, como destaca o coordenador da Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec) do MPDFT, promotor de Justiça Frederico Meinberg. “Nada no mundo on-line substitui a presença humana das pessoas que vão dar amor”, defende.
Algumas estratégias podem ser empregadas na fixação de limites entre o virtual e o real. Uma delas é criar desinteresse pelos aparelhos, de forma a fortalecer em crianças e adolescentes as interações no mundo off-line.
É recomendável ainda dificultar o acesso aos aplicativos no celular, de maneira que os recursos fiquem em tela secundárias. Dessa forma, evita-se, inclusive, a exposição a riscos como cyberbullying, assédio de predadores sexuais e o fomento à autolesão e ao suicídio. Outra abordagem bastante eficiente para estimular a desconexão é a de colocar a tela cinza no aparelho.
É importante ainda estimular o diálogo permanente e a conscientização de crianças e adolescentes sobre o tema. É o que afirma a servidora do MPDFT Rebecca Ribeiro. “Sempre converso com meu filho sobre os benefícios e os malefícios que a internet pode causar. Também sempre relembro que a vida acontece aqui do lado de fora da tela”, explica.
MP Solidário
O projeto busca informar a sociedade sobre seus direitos nas diversas áreas de atuação do MPDFT para fortalecer a cidadania e prevenir a violência. As iniciativas estão voltadas para a gestão positiva dos conflitos e foram idealizadas para atender o atual contexto de pandemia, mas continuarão após a situação de emergência.
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