Representante do MPDFT sugeriu a criação de comissão intersetorial para monitorar os feminicídios
O promotor de Justiça Thiago Pierobom participou, na manhã desta sexta-feira, 11 de dezembro, de audiência pública on-line da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sobre o tema "Avaliação de fatores de risco e políticas de prevenção aos feminicídios". Na ocasião, o representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sugeriu a criação de comissão intersetorial para monitorar os feminicídios no Distrito Federal, nos termos de metodologia de análise qualitativa em profundidade utilizada por pesquisa realizada pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).
Pierobom apresentou os resultados da pesquisa, realizada com apoio do Núcleo de Gênero do MPDFT. Segundo o trabalho, que faz uma análise qualitativa dos perfis dos casos de feminicídio na cidade, todas as vítimas de feminicídio já tinham sofrido violência pelo agressor anteriormente, mas apenas 23% haviam registrado ocorrência policial.
Para o promotor, "o feminicídio é uma morte anunciada, pois os sinais de que ocorrerá já estão presentes antes do crime. É essencial aprendermos com as mortes dessas mulheres para que possamos ser eficientes em evitar outras mortes semelhantes".
Também participaram da audiência pública como palestrantes a psicóloga Marcela Novais Medeiros, da Secretaria de Saúde, e Bruna Cristina Jaquetto Pereira, do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília.
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