Homicídio ocorreu em 2019; ele também responde por outros crimes contra mulheres
A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina obteve, nesta segunda-feira, 21 de junho, a condenação de Marinésio Olinto dos Santos pelo homicídio quintuplamente qualificado de Letícia Sousa Curado de Melo. A pena foi fixada em 37 anos em regime inicialmente fechado e ele não poderá recorrer em liberdade.
Os jurados aceitaram todas as qualificadoras apontadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro crime. Ele também foi condenado por tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver.
Em outros dois processos, Marinésio responde ainda pelo homicídio de Genir Pereira de Sousa, em Planaltina, e por uma tentativa de estupro em Sobradinho. Ele já havia sido condenado por um estupro e, até esta segunda-feira, estava preso preventivamente pelo assassinato de Letícia.
Para o promotor de Justiça Nathan da Silva Neto, a condenação de Marinésio mostra que a comunidade de Planaltina não está disposta a tolerar a violência contra a mulher. “Esperamos que crimes dessa natureza não voltem a se repetir, em Planaltina ou em qualquer outro lugar”, afirmou.
Entenda o caso
Em 23 de agosto de 2019, por volta das 8h, entre o Vale do Amanhecer e a DF-230, o réu abordou Letícia em uma parada de ônibus e ofereceu carona. Quando ela estava dentro do carro, Marinésio tentou forçá-la a ter relações sexuais com ele. Letícia se recusou e reagiu. Marinésio então esganou a vítima, que morreu asfixiada. Ele escondeu o cadáver dentro de uma manilha à margem da rodovia e furtou pertences de Letícia: um relógio, um pendrive, uma necessaire e um aparelho celular. Os objetos foram apreendidos dentro do veículo quando ele foi preso em flagrante.
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