Crime foi praticado por motivo torpe e com emprego de meio cruel, com cerca de 30 disparos de arma de fogo contra a vítima
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve a condenação de Gutemberg da Silva Borges por homicídio qualificado contra Alex Holanda Cavalcante. O homem, que é integrante da facção criminosa Comboio do Cão, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
Entenda o caso
Em 10 de setembro de 2016, sábado à noite, em Ceilândia Norte, Gutemberg efetuou disparos com arma de fogo contra a vítima. O crime ocorreu por motivo torpe, dado o sentimento de posse do réu em relação à namorada Julliana. O homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que o réu, junto com dois comparsas, efetuou vários disparos contra a vítima.
Gutemberg manteve um relacionamento com Julliana, com quem teve um filho. Após o rompimento do casal, a mulher passou a relacionar-se amorosamente com Alex Cavalcante, no ano de 2016. Depois de Gutemberg sair da prisão, no mesmo ano, Alex e Julliana romperam. A mulher, então, reatou o relacionamento com Gutemberg.
Naquela noite de setembro, Alex conversava com um grupo de pessoas na rua quando aproximou-se um carro em baixa velocidade. Saíram do veículo o réu e mais dois homens armados, que caminharam em direção à vítima. Alex percebeu a movimentação e tentou correr, mas foi atingido diversas vezes por disparos.
Histórico
Em 29 de junho de 2021, Gutemberg da Silva Borges, foi condenado por integrar a facção criminosa autodenominada Comboio do Cão. Em 2009, Guga, como é conhecido, foi preso por porte ilegal de arma de fogo na QNN 09 de Ceilândia, onde possuía uma oficina mecânica, local em que foram encontradas duas pistolas, sendo uma delas de propriedade da PCDF. Em 15 de dezembro de 2013, Guga foi preso por porte de arma de fogo, oportunidade em que portava duas pistolas calibre .45 e um carregador de fuzil calibre .556.
Gutemberg também conta com condenações pela prática de outros homicídios, além de fazer parte do núcleo da organização criminosa, motivo pelo qual foi denunciado e processado pelos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico.
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