Além da mandante, três executores também foram condenados. As penas somadas chegam a 485 anos. O julgamento, realizado nos dias 26 e 27 de setembro, teve a sentença divulgada nesta quinta-feira
A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Águas Claras obteve, nesta quinta-feira, 17 de novembro, a condenação de Danyella de Oliveira Martins por encomendar o assassinato do ex-namorado, Leison Silva da Rocha, e do amigo de infância dele, Edson Araújo Galdino Júnior. A pena para a mandante foi de 137 anos e dois meses de prisão e do executor Wisley Teixeira Galvão do Nascimento foi de 136 e seis meses de prisão. Eles foram condenados pelos dois homicídios duplamente qualificados, dois roubos majorados e dois crimes de extorsão com restrição de liberdade das vítimas.
Os jurados aceitaram duas qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para os réus Danyella e Wisley: meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, que após uma emboscada foram amarradas e executadas com intenso sofrimento.
Outro réu executor, Maycon Cândida da Silva Corrêa foi condenado pelos mesmo crimes e teve também reconhecida a qualificadora do motivo torpe, que seria o recebimento de R$ 400 para a execução do crime. Sua pena foi de 142 anos e oito meses de reclusão. Alexandre Torres Rocha foi absolvido dos homicídios, mas condenado a 70 anos de reclusão por dois roubos qualificados e duas extorsões com restrição de liberdade.
Entenda o caso
O crime ocorreu na tarde do dia 12 de dezembro de 2018, na Candagolândia. A ex-companheira de Leison, Danyella, contratou Maycon para a execução de crime contra o patrimônio da vítima, comerciante informal de tênis e suplementos. A ré determinou que o crime fosse praticado mediante violência física. Maycon contatou a vítima, fingindo interesse na compra de tênis e o atraiu para a residência dos pais, na QR 7, da Candagolândia. Leison e o sócio Edson dirigiram-se ao local, onde Maycon os entreteu até acionar Alexandre e Wisley, armados com facas, que estavam escondidos na casa, e os renderam.
As vítimas foram agredidas com socos e chutes e tiveram que fornecer senhas e cartões bancários. Maycon e Wisley dirigiram-se a estabelecimentos comerciais e bancários para efetuar saques nas contas dos dois, que permaneceram em cativeiro, rendidas por Alexandre. Após a extorsão, as vítimas ainda foram levadas a matagal em Vicente Pires, local onde foram agredidas com facadas. Os cadáveres dos dois foram ocultados em depósito de lixo clandestino no Assentamento 26 de setembro.
Nº do processo: 0000237-41.2019.8.07.0020
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