Em reunião realizada nesta quarta-feira, 26 de janeiro, representantes do GDF apresentaram informações sobre combate à pandemia
A força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai requisitar novas medidas sanitárias para combater o aumento de casos de coronavírus. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 26 de janeiro, o procurador de Justiça Eduardo Sabo destacou que o MPDFT continua monitorando a evolução da variante ômicron e que a disponibilização de mais leitos hospitalares é urgente. Ele ressaltou que “a força-tarefa está acompanhando a vacinação e a testagem. No entanto, essas medidas devem ser aplicadas em conjunto com comprometimento da sociedade no uso de máscara, álcool em gel e distanciamento”.
Durante a reunião, a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar, epidemiologista Renata Brandão Abud, e a chefe do Núcleo de Rede de Frio, Tereza Luiza de Souza Pereira, apresentaram à força-tarefa um balanço da vacinação e das demais medidas de enfrentamento da pandemia tomadas pelo governo local. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins, também participou da exposição.
A epidemiologista frisou que o processo de vacinação tem sido um desafio desde o início, quando a população já estava ansiosa para receber o imunizante e existiam poucas doses disponíveis. Valero afirmou que a falta de insumos e de campanhas educativas sobre a vacina gerou muitas dúvidas, inclusive na equipe do governo. As notícias falsas espalhadas pelas redes sociais também atrapalham o enfrentamento à doença. Ele apontou ainda que a situação do Distrito Federal é peculiar devido à entrada constante de pessoas, não só do Entorno, mas também provenientes do aeroporto, como servidores e autoridades que passam parte da semana na cidade.
Em relação a variante ômicron, a Renata Abud esclareceu que, em razão do grande índice de cobertura vacinal no Distrito Federal, tem-se observado poucos casos de agravamento da doença. Sobre a vacinação infantil, explicou que, de acordo com os estudos mais recentes, os imunizantes não apresentam efeitos adversos graves e que é o melhor meio para conter o vírus. Também alertou que, mesmo com a vacina, é necessário seguir adotando medidas não farmacológicas, como a utilização de máscaras.
A força-tarefa também vai requisitar à Secretaria de Saúde a atualização do número de casos de Covid-19 no sistema prisional. Os últimos dados divulgados apontam que existem 159 detentos e 68 policiais penais infectados. As visitas de familiares continuam suspensas, mas a medida deverá ser reavaliada nos próximos dias.
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