O que nos confronta quando miramos uma pintura?
Álvaro de Santana é um jovem artista brasiliense, cuja herança ancestral evoca em sua obra uma constante busca pela brasilidade através de elementos e cenários comuns que atravessam a experiência de ser brasileiro.
Esse processo se expressa no movimento simultâneo de capturar e perder, a imagem se torna presença e rastro. Suas obras podem ser colocadas nesse lugar paradoxal: bastam por si só, mas sempre despontam para além delas mesmas.Pensando cores e composições, concebe imagens em que todos os elementos se dispõem exercendo uma função poética dentro do quadro.
Os vazios se ocupam de cores que criam diálogos intensos dentro da obra. Uma casa de aspecto muito íntimo e muito comum é tomada por um azul sereno que desfaz a solidez que normalmente teriam paredes e pisos. Posando, uma figura humana se sobrepõe a um fundo verde que não cria contrastes, mas se harmoniza com a despretensão do retratado.
Nas paredes de um ambiente onde um jarro foi colocado se desdobra um padrão repetitivo, um tema que ocupa uma parede e vai diminuindo ao fundo, criando uma ideia de tema e repetição e conduzindo o olhar para o que está por trás do jarro.Construindo cenários e situações, o artista nos transporta através de estranhezas e familiaridades, um convite a adentrar esse mundo que é lugar comum e universo particular.
- Artista: Álvaro de Santana
- Curadora: Adriana Teixeira Machado
- Produção: Galeria Mirim
- Período da exposição e locais:
- De 13 de junho e 13 de setembro – Promotoria de Justiça de Taguatinga (Endereço: Setor C Norte, Área Especial para Clínicas, Lotes 14/15, Taguatinga Norte, Taguatinga-DF
- De 29 de setembro a 19 de dezembro – Promotoria de Justiça de Samambaia (Endereço: Quadra 302, Conjunto 1, Lote 2, Samambaia-DF)
- Horário de visitação: de segunda a sexta, das 12h às 19h
Galeria de imagens: