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Davi Mendonça Normandes
Servidor do MPDFT

A euforia pré-eleição já começa a tomar conta dos candidatos que pleiteiam os almejados cargos públicos no Brasil. Mesmo em cenário político desfavorável, a tradicional estratégia eleitoral na “base” continua a ser executada a todo vapor. Grandes reuniões, visitas domiciliares, os cafezinhos, os abraços calorosos, a conversa olho no olho, a vivaz atenção e compreensão aos problemas sociais, o pulular de soluções pragmáticas e é claro as peremptórias promessas, esses são alguns dos elementos indispensáveis e característicos da campanha eleitoral no país.

Os candidatos que concorrem no sistema eleitoral proporcional, para os cargos do Poder Legislativo, são os mais propensos a estratégia eleitoral de base, o popular corpo a corpo. Como representantes do povo, por convicção ou oportunismo eles aderem dentre as várias bandeiras do seu escopo ideológico político-partidário uma temática principal. Conjugado com o curto tempo na propaganda eleitoral gratuita, surge então a interessante associação do político a causa, dando origem aos clássicos deputados da saúde, da segurança, da educação...

Num clichê eleitoral as promessas dos candidatos ao Poder Legislativo invadem a competência do Poder Executivo, pois no hype eleitoreiro o voto é prioridade. Entretanto, após eleitos, muitos comprometidos em demasia com suas promessas de campanha, são compelidos pela sociedade, a apresentarem formalmente o fruto do seu trabalho parlamentar. Nesse contexto, inúmeros projetos de lei são votados e aprovados nas casas legislativas com vício de iniciativa, tornando-se leis e posteriormente essas mesmas leis, são declaradas inconstitucionais pelo Poder Judiciário. Situação lastimável, que desnuda sérios problemas cíclicos e sistêmicos na democracia nacional.

Jornal de Brasília - 12/9/2018

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