O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Procurador de justiça do MPDFT
A Justiça sempre passou uma impressão um tanto enigmática e inacessível, talvez até esotérica. Mesmo pessoas de dentro do aparelho judicial experimentam desconforto em nichos em que não estão familiarizadas ou se forem intim(id)adas para algum ato forense ignorado. O avatar do magistrado é forjado com a marca da discrição, da sobriedade, da introspecção, e daí desbordam outras qualidades mais ou menos centimétricas, como sabedoria e ponderação, pelo lado bom, ou arrogância e autoritarismo, por outro lado.
Thiago Pierobom de Ávila
Promotor de justiça do MPDFT
Valéria Diez Scarance Fernandes
Promotora de justiça do MPSP
1. Introdução
No Brasil foram deferidas mais de 500 mil medidas protetivas no último ano, conforme levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar disso, os índices de violência e feminicídio não têm diminuído: pesquisa de fevereiro de 2025 documentou que 37,5% das mulheres entrevistadas sofreram alguma forma de violência no último ano[1].