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Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Fabiana Costa Oliveira Barreto
Promotora de justiça do MPDFT
A análise dos feminicídios ocorridos no Distrito Federal entre 2015 e 2025 revela uma realidade preocupante: embora o índice de concessão de medidas protetivas de urgência seja elevado, muitas mulheres ainda não chegam a solicitá-las — ou, quando solicitam, acabam desistindo ao longo do processo.
Fabiana Costa Oliveira Barreto
Promotora de justiça do MPDFT
O feminicídio, forma mais cruel e injustificável da violência contra a mulher, é o resultado de um ciclo opressor que muitas vezes começa de modo silencioso — ciúmes excessivos, isolamento social, controle financeiro e agressões verbais — e evolui até o crime letal. Os números alarmantes de casos no país decorrem de múltiplos fatores: o medo das vítimas de denunciar, a falta de acesso à informação sobre mecanismos de proteção e a omissão de pessoas próximas, que presenciam a violência e não intervêm. Não há dúvidas de que esses elementos contribuem para a a perpetuação do ciclo da violência doméstica e para os desfechos trágicos.