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Ivaldo Lemos Junior
Procurador de justiça do MPDFT

 Em 2009, um homem chamado Bolt correu 100 metros em 9.58 segundos. Não sei se você percebe o quanto o número tem de espantoso. A história desse recorde mostra que pouquíssima coisa vem caindo em longos e irregulares intervalos. Por exemplo, correu-se a mesma distância em 2008, em 9.72s, e dois centésimos a mais (eu disse a mais) em 2015. O atual campeão mundial conquistou o ouro com 9.83. Façam as contas: 25 centésimos mais lento, 14 anos depois de Bolt.

Agora compare com as mulheres. Nunca nenhuma fez 100 rasos em menos de 10 segundos. Na verdade, isso parece bem longe de acontecer. O melhor desempenho foi há 34 anos: 10.49. A atual campeã venceu a prova meses atrás, com a marca de 10.65 segundos. Isso significa que estaria mais de 10 metros atrás se fosse Bolt a cruzar a linha.

Onde quero chegar é que homem é força física. É altura, musculatura, peso, velocidade, absorção de oxigênio, testosterona. Há um fato cientificamente conhecido como “dimorfismo sexual”, que é também do conhecimento mais elementar: de um modo geral, mulheres não têm chances contra homens em um confronto corporal. É verdade que algumas são robustas e conseguiriam levar vantagem sobre machos mirrados e gráceis, mas isso é exceção, não a regra.

A força masculina é um dado da natureza, porém, em si, não tem relevância exceto em alguns segmentos como os esportes (que, justiça seja feita, também exigem disciplina, dedicação e técnica, o que quer dizer que força física não é sinônimo de força bruta). A questão é o que fazer com isso, ou seja, o direcionamento de seu atributo no território da cultura moral e jurídica. Ele pode ser usado para o bem, em auxílio dos mais fracos (nem que seja abrir uma lata de azeitona ou ajudar uma velhinha a atravessar a rua), ou para o mal, para a agressão, como se “tóxica” fosse adjetivo inseparável de “masculinidade”.

 

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