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Ivaldo Lemos Junior

Promotor de Justiça do MPDFT

Adolf Hitler tinha uma mania: a de apresentar mulheres a seus companheiros de Partido Nacional-Socialista (Nazi) e sugerir que se casassem. Ele fez isso com seu motorista e ex-colega de prisão Emil Maurice. Prometeu que almoçaria diariamente consigo e com a futura esposa. Maurice seguiu o conselho, mas pediu a mão da garota errada - Angelika (Geli) Raubal -, que, por sinal, aceitou.

Geli era sobrinha de Hitler (filha de sua meia-irmã Angela) e 19 anos mais moça. Ele tinha especial consideração por ela, o que incluía o ingrediente do ciúme. Para se ter uma ideia, quando Magda Goebbels entrou na vida de Hitler, este cogitou que aquela fosse “uma segunda Geli”, e lamentou que fosse casada.

Maurice contou do noivado ao chefe, que ficou furioso e proibiu ambos de se verem até que ela completasse 21 anos, ou seja, daí a dois anos. A proibição era para valer. Foi contratada uma mulher para acompanhar a garota e garantir que sua ordem fosse acatada. Contudo, foi permitido que os namorados morassem na mesma cidade (Munique) e trocassem correspondência livremente.

Em um primeiro momento, Maurice continuou trabalhando para Hitler. Depois, foi expulso do partido e demitido. Entrou na Justiça do Trabalho e ganhou 500 marcos, com os quais abriu uma relojoaria. Mas desistiu de Geli. Talvez não gostasse dela tanto assim, ou talvez seu amor não fosse suficiente para enfrentar a fúria de quem era capaz de fazer o que acabou fazendo. Já Geli mudou-se para um apartamento de tio Adolf, e escolheu o melhor dos nove quartos do imóvel. Saía com ele habitualmente para o cinema e teatro; na ópera, tinham lugar fixo, na sexta fileira. Ela queria ser cantora.

Se foram de fato amantes é matéria de especulação.

Jornal de Brasília - 10/11/2014

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