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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT 

Antes de chegar ao poder, Adolf Hitler causava fascínio em mulheres, quase sempre bem mais velhas, que viam nele uma pessoa interessante, com presença magnética e discurso inflamado e correto. Olhando restrospectivamente, o nazismo é uma experiência deplorável, mas, na época, a plataforma política dizia respeito ao levantamento de uma nação em meio à destruição imposta pela Primeira Guerra e o Tratado de Versalhes.

Essas mulheres mais velhas contribuíram para a construção da imagem pública de Hitler. Apresentavam-no a gente do meio artístico e empresarial, davam dicas de etiqueta (usar chapéus e botas apropriados, empunhar chicote de cachorro, aprender a dançar, cumprimentar pessoas finas) ou simplesmente lhe davam dinheiro ou cuidavam de suas roupas. No começo da década de 1920, Hitler tomava vinho com açúcar, mas, em pouco tempo, seria a atração das recepções mais elegantes.

A abastada Helene Bechstein – que, aos 83 anos, visitava Hitler na cadeia todos os meses, levando-lhe um bolo – dizia que queria que ele fosse seu filho, e até tentou fazê-lo se casar com a filha Lotte. Elsa Bruckmann pagou o aluguel de Hitler, deu-lhe presentes e o ensinou a comer lagosta e alcachofra. Helene Hanfstaengl, que morou em Nova Iorque vários anos, tentou ensinar-lhe inglês e a cultura dos EUA, mas deste país o Führer só demonstrava interesse pela Ku Klux Klan, muito assemelhada, em sua opinião, ao seu NSDAP (sigla alemã para Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores). 

Várias outras ricaças, mencionadas em livro da autoria de Erich Schaake, ajudaram Hitler e, assim, diretamente, a causa nazista. Mas, quando o assunto era o relacionamento feminino em um nível amoroso, Hitler preferia o oposto: mulheres muitíssimo mais jovens e não necessariamente influentes na sociedade.

Jornal de Brasília - 3/2/2015

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