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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT

Diógenes Coimbra
Filósofo

Os gays elegeram os cristãos, em especial católicos romanos, como seus inimigos mortais. A figura do Papa é sua bête noire. Logo ele, que promulgou a Constituição Apostólica Fidei depositum, que determina que gays “devam ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza” e “evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta” (2358).

Essas palavras não são papo furado ou hipocrisia de quem prega uma coisa e faz outra. Não há nenhuma iniciativa para diminuir gays em sua dimensão humana, persegui-los, humilhá-los, espancá-los, varrê-los da sociedade. Quem faz isso são regimes políticos como nazismo, stalinismo, islã, cujos catecismos parecem gozar de “pathos” positivo da parte de suas vítimas.

Por questão doutrinal, fruto de exegese imemorial das Sagradas Escrituras, a conduta homossexual não é aprovada e sim tida como “intrinsecamente desordenada”, por “não proceder de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira”. Como os católicos são obrigados a seguir os mandamentos da igreja, e estes se baseiam nos textos bíblicos, qualquer imposição considerada incompatível com seu código moral implica, na prática, atentado à liberdade de culto, que é uma conquista dos povos e um direito constitucional individual. O que se acusa de “preconceito” muitas vezes é apenas a prerrogativa de se ser conservador.

Já as passeatas que desfilam escárnio ao que existe de mais importante no cristianismo – inclusive seu mistério mais profundo, a cruz e o sangue nela derramado --, não tem nada a ver com manifestação legítima voltada contra seu falso nêmesis. Isso é a mais perfeita definição do crime previsto no artigo 208 do Código Penal: “vilipendiar ato ou objeto de culto religioso”. As pessoas envolvidas nessa prática deveriam ter sido encaminhadas à delegacia de polícia.

Jornal de Brasília - 15/6/2015

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