O mundo contemporâneo reclama da falta de ética, da ausência de tolerância e da carência de gentileza dos cidadãos. Almeja-se um mundo mais justo e menos violento em uma sociedade plural, multicultural e diversa. Assim fazer uma reflexão sobre a família modema adquire crucial importância na comemoração do dia internacional da família, celebrado no dia 15 de maio, como forma de alcançar uma sociedade melhor.

Para que se busque uma sociedade mais justa, precisamos olhar para as relações familiares. E na família que são atendidas as mais diversas necessidades humanas e sociais, onde o indivíduo inicia sua experiência no nível psicológico, aprendendo referenciais básicos, como a noção de maternidade, paternidade, fraternidade, além de valores e critérios de conduta, respeito e diálogo no contexto afetivo. Esse aprendizado irá se refletir em seus futuros relacionamentos com o mundo que o cerca, além de ser indispensável para o desenvolvimento saudável das potencialidades do cidadão.

Modernamente, entende-se por família não somente aquela que surge através do casamento, mas também a união estável, a entidade monoparental e, recentemente, a família homoafetiva. Todos os modelos de família devem ser reconhecidos como o primeiro espaço de vivência do amor, do perdão e da reconciliação, para que essa experiência possa ser refletida no âmbito comunitário e social. Para tanto é necessário tempo, interação, troca, convívio e presença

A nossa Constituição em seu artigo 226 reconhece a família como sendo a base da sociedade merecendo, por essa razão, especial proteção do Estatal. Dessa forma, o Estado deve oferecer todas condições de desenvolvimento humano imprescindíveis para que todos os membros da família tenham vida digna, gerando um reflexo positivo na vida em comunidade.

Jornal de Brasília - 9/5/2016

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