No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, há tanto a dizer sobre a ganância que devasta a base da sustentação da vida e a possibilidade de vivermos de modo sustentável.
Mas, como andamos desconectados das fontes da vida ao ponto de mal percebermos que consumimos recursos naturais, vamos refletir sobre algo do nosso cotidiano que afeta o meio ambiente e mostra como contribuímos para a degradação ambiental que vemos nos noticiários como algo distante de nós.
Brasília tem o maior lixão da América Latina. É devastador ver as montanhas de lixo, a situação dos catadores e a poluição que atinge o lençol freático e libera metano, um gás 20 vezes mais poluente que o dióxido de carbono.
Lá estão as sobras de todos nós. Todos fizemos aumentar os montes fétidos do lixão da Estrutural. E nossa atitude é: “tirem o lixo de nossas vistas e pronto”! Mas ele não desaparece quando o jogamos ”fora”! Aliás, para o planeta não existe fora.
Agora todos nós brasilienses temos um compromisso a assumir. Pela primeira vez, teremos um aterro sanitário cuja eficiência depende muito de cada um de nós, na medida em que deve receber apenas rejeitos ou não recicláveis. Para tornar isso realidade, precisamos separar o lixo seco do molhado. Com a segregação na fonte, ajudaremos os catadores na triagem dos recicláveis e prolongaremos a vida útil do aterro.
Há quem diga que não separa o lixo porque a coleta seletiva é incipiente e mistura tudo. Acontece que os catadores manusearão o lixo em busca de materiais com ou sem coleta seletiva eficiente. Por causa deles, devemos separar o lixo, evitando a perda de materiais e a produção de chorume no ambiente dos galpões de triagem, para que não haja proliferação de mau cheiro, insetos e roedores.
Cabe a nós fazer Brasília passar do lixão ao aterro também nas atitudes.
Jornal de Brasília - 14/6/2016
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