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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT

O programa nazista “Lebensborn” (“Fonte de vida”) tinha por escopo a procriação de seres humanos superiores racialmente, vale dizer, arianos. Homens e mulheres eram escolhidos para acasalamento após pesquisa de atributos físicos que se aplicassem aos objetivos do projeto. Iniciado em 1933, talvez 8.000 bebês tenham sido gerados desse modo na Alemanha, e outro tanto ou mais, em diversos países europeus ocupados, entre 1940/1941. Pessoa relativamente famosa, fruto dessa iniciativa, foi uma das cantoras do conjunto musical ABBA.

Em termos quantitativos, no entanto, tal volume é modesto perto de outra estratégia de purificação da raça: o sequestro de crianças estrangeiras, mormente polonesas, de aparência ariana. Elas eram mapeadas (havia funcionários especializados na tarefa de detectar, num relance, seu pertencimento racial) e impiedosamente roubadas de suas famílias por agentes da Gestapo. Após, era feita triagem mais detalhada. As reprovadas eram encaminhadas a campos de extermínio e eram mortas ou viravam cobaias em estudos “científicos” (os mais famosos eram feitos pelo dr. Mengele, em Auschwitz-Birkenau ou Auschwitz II). As aprovadas iam para centros fechados, a fim de que pudessem ser “germanizadas”. O número aqui se eleva para, no mínimo, duzentos mil. Repito: 200.000. Afinal, o terceiro Reich deveria durar 1000 anos, e não os 12 que realmente durou.

Nos centros, as técnicas educacionais eram duras emocional e fisicamente, mas nem tanto intelectualmente. Hitler determinou o tipo de juventude que desejava: “imperiosa, intrépida, cruel, que saberá suportar a dor”. Nada de fraquezas e branduras, e sim força, coragem e beleza. “Antes de tudo, que seja atlética; é o mais importante. Não quero nenhuma educação intelectual. O saber apenas corrompe meus jovens”, avisou.

Jornal de Brasília - 1/8/2016

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