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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT

Quando falam em criacionismo ou evolucionismo, eu me pergunto: qual evolucionismo? O de Loring Brace, com sua proposta de um único ramo homínida e uma espécie de cada vez? Aliás, Brace evoluiu em seu evolucionismo para permitir a separação do Australopithecus Robustus entre o Australopithecus Africanus e o Homo Erectus, e sempre ignorou o Homo Habilis. Este vai surgir antes do erectus na árvore de John Robinson, que tentou resolver o mistério de que o tipo robusto era mais moderno e ao mesmo tempo tinha dentes traseiros mais primitivos do que o tipo mais grácil. Um outro modelo redimensiona o Australopithecus Africanus como tronco comum tanto do A. Robustus quanto do H. Habilis, em razão da molarização dos dentes, típica no Africanus, mas nem típica nem atípica em algum ancestral humano.

O que há por trás de tudo isso é um princípio compartilhado, qual seja, a crença cega nas próprias leis internas da natureza. Nada é obra divina. Mas a “obra” do Homo Habilis de Louis Leackey é, para dizer o mínimo, duvidosíssima, e mais ainda o é seu lugar na árvore antropológica. Sinceramente, prefiro acreditar em um Deus que se fez homem do que em um homem que se achava Deus.

P.S. Mudando de assunto, quando eu era garoto, existiam, é claro, muitas mulheres bonitas. Mas a clivagem fundamental era entre a loira e a morena por excelência, Xuxa e Luiza Brunet. Sempre joguei no time da Brunet. E seria seu fã número 1 se, nesse processo rumoroso que enfrenta, ela dissesse que sua relação amorosa terminou mal e deseja a punição do agressor (não é fácil a decisão entre ser justo e ser bom), mas tem vida financeira própria, é modelo bem-sucedida e empresária empoderada, e não quer um centavo do ex. Mas não. Ela quer reconhecimento de união estável, aquestos e, parece, muitos milhões, muitos.

Jornal de Brasília - 1º/5/2017

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