Com a decisão, a pena do ex-policial militar vai de 21 para 26 anos
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve, nesta quarta-feira, 8 de maio, decisão favorável dos embargos de declaração em relação à sentença aplicada ao ex-policial militar Ronan Menezes do Rego. Agora ele terá de cumprir 26 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial fechado, mais 2 meses e 7 dias de detenção pelo assassinato da ex-noiva Jessyka Laynara da Silva Souza e pela tentativa de assassinato do professor de Educação Física Pedro Henrique Torres.
A Justiça entendeu que a pena deve ser aumentada em 1/3 quando o feminicídio é praticado na presença de descendente ou de ascendente da vítima. No caso de Jessyka, ela foi assassinada na frente da avó. Essa circunstância foi acolhida pelos jurados, mas foi omissa na sentença que condenou Ronan a 21 anos e 9 meses de reclusão.
O MPDFT ainda vai recorrer para que a Justiça eleve a pena. “Na decisão, por exemplo, não foram consideradas as circunstâncias de Ronan ser policial, ter usado a arma da corporação para matar e o fato de o professor de Educação Física ter ficado com sequelas. Além disso, o réu tem personalidade violenta, considerando os casos anteriores de ameaça e agressões à vítima”, defendem os promotores de Justiça Tiago Moniz e Kleber Nóbrega.
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