O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em parceria com a Secretaria de Educação, promoveu, nesta quinta-feira, uma exibição de projetos bem sucedidos de combate à violência nas escolas do DF. Mais de 100 projetos foram avaliados e oito escolas foram escolhidas.
Os coordenadores do Grupo de Apoio à Segurança Escolar do MPDFT, Rubin Lemos e Luísa de Marillac, além da Promotora de Justiça de Defesa da Educação Liz-Elaine Mendes, participaram do evento. Também estiveram presentes a secretária adjunta da Secretaria de Educação, Eunice de Oliveira, e o Comandante do Batalhão Escolar, Nelson Garcia.
"Todo o trabalho conjunto entre o MP e a Secretaria de Educação visa formar indivíduos com moral e ética. Além disso, temos que dar espaço para que estes alunos mostrem seus trabalhos", afirmou o Promotor de Justiça, Rubin Lemos. Para Eunice de Oliveira, o tema segurança remete à idéia de cidadania. "O Ministério realiza um trabalho muito importante contra a violência nas escolas".
O comandante Nelson Garcia afirmou que a Polícia Militar também é parceira no combate à violência. "Nós buscamos proporcionar a tranqüilidade necessária para o desenvolvimento das atividades dos alunos".
"Adolescência não é sinônimo de violência", enfatizou a Promotora de Justiça Luísa de Marillac. Ela lembrou, ainda, que os atos de violência só são combatidos com boas práticas. "Os estudantes vieram mostrar que são sujeitos de direito" disse. Para a Promotora de Justiça Liz-Elaine, as crianças precisam estar motivadas a freqüentar a escola. "As manifestações de cultura tornam a escola mais atrativa para os alunos".
Conheça os projetos selecionados
A abertura do evento foi feita pelos alunos especiais da Diretoria Regional de Ensino de Taguatinga. Ao toque de um teclado e tambores, o grupo executou o Hino Nacional.
O Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) de Brazlândia apresentou o projeto "Rádio na Escola", criado pelos estudantes durante o intervalo das aulas. O Centro Educacional 01 da Candangolândia manteve a platéia atenta à exibição da peça “A camisinha cor de rosa”. Uma apresentação de dança, com meninas caracterizadas como baianas, deu ênfase ao Projeto Consciência Negra.
Os alunos do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante cantaram músicas que lembraram a importância do respeito ao próximo e o despertar da consciência ambiental. “Precisamos de paz para poder viver”, dizia uma das canções.
O poema de Carlos Drummond de Andrade “E agora, José?” deu início à dança contemporânea apresentada pelo Centro Educacional 02 de Brazlândia. O projeto “Grafite é Arte” também foi mostrado. O Centro Ensino Fundamental nº 20 de Ceilândia apresentou os projetos “Dependentes do Amor”, “Arte como meio de vida”, “A escola é nossa” e “Festival de música”.
Os alunos do Centro de Ensino Fundamental 02 do Guará apresentaram coral, peça teatral e uma banda de música. O trabalho do CEF 05 de Taguatinga foi diferente. Palestras foram dirigidas aos pais, com temas que tratavam sobre como agir em casa para conter a violência escolar. Por último, a Escola Classe Vila Areal fez uma roda de capoeira.
Para Lembrar
O Projeto de combate à violência escolar foi criado em 2002, com a assinatura de um Protocolo de Intenções entre o MPDFT, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Foram criados, a partir disso, os conselhos de segurança escolar, formados por pais, alunos, funcionários e pessoas da comunidade interessadas em combater a violência escolar.