A Promotoria de Justiça de Ceilândia se reuniu com alunos, professores, pais e integrantes do Conselho de Segurança Escolar do Centro de Ensino Fundamental nº 24, no último dia 26. Durante o encontro, a comunidade escolar refletiu sobre os principais pontos que gostariam que fossem trabalhados dentro do programa no ano de 2008, dentre eles, o bullying e a evasão escolar. Bullying é uma palavra de origem inglesa que descreve atos de violência física ou psicológica praticados repetidamente com o objetivo de intimidar ou agredir uma pessoa que, por qualquer motivo, está incapaz de se defender.
O tema escolhido pelos integrantes do CEF 24 é muito atual porque trata de um fenômeno que vem se tornando cada vez mais presente nos ambientes escolares. A evasão escolar também preocupa os integrantes do Conselho de Segurança do CEF 24."Temos uma lista de alunos que não comparecem às aulas há mais de 60 dias e precisamos saber como podemos ajudar essas famílias a manter seus filhos na escola", disse o Vice-Diretor, Wellington Germano. "Usamos a arte para integrar os alunos mais novos com os maiores, uns ensinando aos outros o que sabem, de forma a minimizar os conflitos originados pela falta de espaço para recreação coletiva", esclarece a aluna Marina Rodrigues de Souza, integrante do Conselho de Segurança Escolar.
No final da reunião, os participantes assistiram a uma apresentação de dança dos alunos do CEF 24, dentro do Projeto Escola Aberta, segundo o qual, aos fins de semana a escola abre suas portas para a comunidade local com cursos de dança, pintura, artesanato, etc. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ciente da problemática violência que assola as escolas do Distrito Federal, instituiu, por meio da Portaria n.º 788, de 29 de junho de 2005, o Grupo de Apoio à Segurança Escolar, coordenado pelos Promotores de Justiça Rubin Lemos e Luisa de Marilac Xavier dos Passos Pantoja, e integrado pelas Promotoras de Justiça Ana Luisa Rivera, da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, e Cláudia Valéria Pereira de Queiroz Teles, da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude. O projeto foi avaliado positivamente pelo Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes – UNODC, ainda em 2005.