Manter os adolescentes em conflito com a lei, que estão cumprindo medidas socioeducativas, na escola é o objetivo do projeto Escola: tô dentro. Os Promotores de Justiça Anderson Pereira de Andrade, de Defesa da Infância e da Juventude, e da Ceilândia, Irênio da Silva Moreira Filho, celebraram, na tarde de hoje, Termo de Cooperação Técnica para a implantação do projeto com as Secretarias de Justiça, Educação e de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, e os Conselhos Tutelares da Ceilândia.
Segundo o Promotor de Justiça Anderson Pereira, apenas 20% dos adolescentes em liberdade assistida frequentam a escola. "O objetivo do projeto é reintegrá-los socialmente. Geralmente, quando o adolescente comete um ato infracional já está fora da escola. O retorno não é fácil devido à defasagem educacional que acaba resultando em problemas de disciplina", explica.
O Secretário de Educação, Marcelo Aguiar dos Santos Sá, destacou que "o fato de um jovem ter cometido um ato infracional não pode ser motivo para discriminação". Para o Secretário de Justiça, Geraldo Martins Ferreira, a iniciativa do Ministério Público "é uma oportunidade desses menores fugirem da rotina de cometerem atos infracionais".
Ceilândia foi escolhida para iniciar o projeto por ser o local do DF onde há mais jovens em liberdade assistida, cerca de 300 adolescentes. No entanto, a expectativa é expandir o projeto para outras regiões do Distrito Federal.