Com capacidade para 70 mil pessoas, local deve reservar, no mínimo, 1% dos assentos para as pessoas com deficiência
Homens e máquinas não param. São mais de seis mil pessoas, 24 horas, no canteiro de obras do Estádio Nacional de Brasília. Como fiscal da lei, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) inspeciona de perto tudo isso. Na quarta-feira, dia 17, a Comissão de Acompanhamento das Atividades da Copa do Mundo de 2014 esteve no local para verificar a acessibilidade da arena, principalmente, os assentos destinados às pessoas obesas, cadeirantes e com mobilidade reduzida.
A colocação dos assentos está prevista para acabar no dia 30 de abril, por isso não foi possível conferir se o Estádio assegura, no mínimo, 1% dos lugares às pessoas com deficiência, conforme prevê a Lei Geral da Copa. Diante disso, a Comissão agendará uma nova visita.
Para auxiliar os promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep), de Defesa da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência (Prodide), da Promotoria Especial Criminal de Brasília e do Fórum da Copa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), estavam presentes representantes dos Conselhos Regionais de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e de Engenharia e Agronomia (Crea) e da Agência de Fiscalização do DF (Agefis).
O secretário Extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro, e o arquiteto responsável pelo projeto do Estádio, Eduardo Castro Mello, esclareceram as dúvidas do grupo. Sobre a segurança do local durante os dois eventos mundiais, Monteiro explicou que será feita por empresa contratada pela Fifa. Porém, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do DF farão treinamento, inclusive para evacuação, haja vista o uso do espaço após a Copa. Segundo ele, em oito minutos as 70 mil pessoas conseguem sair do Estádio. A inauguração do local estava prevista para o aniversário de Brasília, 21 de abril, mas foi adiada para o dia 18 de maio.
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