A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Público (Prodema) e a Fundação Athos Bulcão (Fundathos) dão início, nesta quarta-feira, dia 19, a uma série de visitas às unidades públicas do Distrito Federal que abriguem obras de Athos Bulcão. O objetivo é verificar o estado de conservação e de restauração dos trabalhos tombados do artista plástico. A primeira visitação será feita no Palácio do Itamaraty onde, segundo a Fundathos, as obras do artista estão menos conservadas.
“Brasília é um celeiro das obras de Athos Bulcão e estas são objetos de tombamento”, destaca o titular da 1ª Prodema, promotor de Justiça Roberto Carlos Batista. Ele lembra que, em 2013, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) conseguiu, junto à Fundathos e à Secretaria de Cultura, a restauração e a conservação de um dos painéis do artista no Aeroporto Internacional de Brasília.
A visita ao Itamaraty será acompanhada de um analista pericial em arquitetura do Departamento de Perícias e Diligências (DPD) do MPDFT.
Athos Bulcão
Carioca que desistiu do curso de Medicina para se dedicar às artes visuais, foi assistente de Cândido Portinari, colaborou com o arquiteto Oscar Niemeyer na construção de Brasília e recebeu vários prêmios e condecorações, entre elas a Ordem do Mérito Cultural. Athos Bulcão foi pintor, escultor, arquiteto, desenhista e mosaicista.
“Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral.”. Assim definia sua relação com a cidade adotada. Algumas de suas obras podem ser vistas no Congresso Nacional, no Palácio da Alvorada, no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, no Mercado das Flores (916 Sul) e na Torre de TV.
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