Unidades tiveram 120 dias para corrigir irregularidades apontadas pela comunidade
A primeira ação foi executada em 10 de junho de 2016, com a participação de 300 voluntários. Foram verificados itens relacionados à estrutura física, à farmácia e aos equipamentos e insumos de cada centro de saúde. Também foi realizada uma pesquisa de satisfação com os pacientes. O resultado foi organizado em um relatório, entregue em 17 de outubro de 2016 ao secretário de Saúde, Humberto Lucena. O objetivo é que os órgãos competentes adotem as medidas cabíveis em relação ao que não for resolvido.
Para a procuradora distrital dos Direitos do Cidadão, Maria Rosynete de Oliveira, a expectativa para este retorno é de que os problemas tenham sido resolvidos, pois estavam ao alcance dos gestores. “Essa fiscalização dá legitimidade para que a população participe e também cobre as soluções. O MP está atento aos problemas verificados, em especial a falta de equipamentos e remédios para os atendimentos, além do descarte impróprio do lixo, que pode causar contaminação”, destacou a procuradora.
Registros por região administrativa
Planaltina foi a região que teve mais unidades vistoriadas (9) e também apresentou mais itens para correção (483). Na sequência, São Sebastião e Sobradinho tiveram sete unidades visitadas, com 424 e 348 registros, respectivamente. Os usuários também foram entrevistados e puderam dar notas sobre os atendimentos. Gama, Candangolândia e Riacho Fundo obtiveram as melhores avaliações; Estrutural, Granja do Torto e São Sebastião, as piores.
Confira na tabela abaixo os números de irregularidades por região administrava.
Também foram identificados problemas de acessibilidade para pessoas com deficiência, como ausência de rampas, pavimentação adequada e piso tátil, largura inadequada de portas e sanitários não adaptados. Outro problema comum é a ausência de depósito de lixo. Em muitas unidades, os resíduos são acondicionados de maneira inapropriada. Há casos em que os lixos comum e hospitalar estão dispostos juntos.
Auditoria cívica
A auditoria cívica na saúde é uma iniciativa do IFC, criado há cinco anos por servidores de órgãos de controle. O intuito é fazer o controle social quando o estatal não garante os direitos dos cidadãos. De acordo com o IFC, as auditorias são um projeto premiado no Brasil e estão sendo acompanhadas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Além disso, têm tido excelentes resultados no fortalecimento da cidadania, pois permitem que a intervenção do cidadão comum transforme o local onde ele vive. Os auditores são cidadãos que, de forma voluntária, se dispuseram a contribuir para a melhoria da saúde pública.
Acesse aqui o relatório com informações completas sobre as unidades de saúde visitadas.
Confira aqui a apresentação com os principais pontos do relatório.
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