Obra celebra os dez anos do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), que atua judicial e extrajudicialmente
Com a presença dos autores, membros, servidores, acadêmicos e população interessada na temática, foi lançado nesta terça-feira, 13 de junho, o livro “Acusações de racismo na capital da República”. A obra, organizada pelo promotor de Justiça Thiago Pierobom, comemora os dez anos de criação do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (NED/MPDFT).
A publicação reúne artigos de 11 autores sobre a temática do enfrentamento à discriminação racial. Durante o lançamento, Pierobom apresentou uma pesquisa inédita realizada a partir da análise de 150 casos de crimes raciais que aconteceram nos últimos dez anos no Distrito Federal. Os dados da pesquisa podem ser conferidos aqui.
O livro foi distribuído gratuitamente no evento e está disponível no site do MPDFT.
Confira o depoimento do promotor de Justiça Thiago Pierobom sobre o lançamento.
Impressões
Para a vice-procuradora-geral de Justiça, Selma Sauerbronn, a obra é resultado de um importante trabalho em coletivo e traz visibilidade para a atuação do Ministério Público. “Estamos aqui para valorizar esse empenho e seu propósito maior, que é o de enfrentar essa mazela da sociedade que é o preconceito.”
A autora Cordélia Oliveira da Silva, professora da Universidade de Brasília (UnB), escreveu no livro a experiência do curso de conscientização sobre igualdade racial, realizado em parceria com o NED. “Comecei a sistematizar uma pesquisa com os autores de crimes raciais e fazer um estudo com base em uma análise linguística e foi possível verificar, comparando com outros estudos, que os termos das injúrias e os elementos utilizados se repetem no país”, explicou a professora durante o lançamento.
Interessado em participar do evento, após saber da publicação pela imprensa, o estudante de Direito da UnB Gabriel Araújo garantiu um exemplar autografado por todos os autores e disse que vai levar a obra para um grupo de estudos na universidade. “Ao mesmo tempo que fiquei surpreso com os dados da pesquisa, a gente sabe que é uma realidade, e o lado positivo é revelar o tamanho do problema que temos para enfrentar”, destacou o estudante ao falar sobre os dados apresentados no livro.
A professora e pesquisadora na área de Linguística Aplicada da UnB Josenia Antunes Vieira achou a iniciativa inovadora e espera que obras como essa se multipliquem. “O livro contempla um material muito significativo e é importante conhecer o trabalho do Ministério Público, que vai além da postura acusatória”, declarou.
A atual coordenadora dos Núcleos de Direitos Humanos, promotora de Justiça Liz-Elainne Mendes, falou sobre o desafio do enfrentamento à discriminação. “Conseguimos avançar na conscientização para a denúncia dos autores e da atuação punitiva, mas sabemos que é preciso investir também em um trabalho preventivo na sociedade”, reforçou.
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