Para atrair aplicadores, grupo promovia festas de música eletrônica, ostentava carros de luxo e prometia lucro de R$ 1 milhão, em até seis meses
A moeda digital pertence à empresa Wall Street Corporate. Os envolvidos fazem parte de um suposto esquema de organização criminosa, que praticava estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e cometia o crime de pirâmide financeira. A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima feita no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Segundo o promotor de Justiça Paulo Roberto Binicheski, os envolvidos serão denunciados pelos crimes que cometeram dentro da sua participação na empresa. “Há provas seguras e cabais contra todos os presos, por isso, o pedido de prisão foi temporária e não preventiva”, explicou o promotor. As apurações da Prodecon e da PCDF continuam e correm em sigilo para preservar a investigação.
Como funcionava o sistema
As atividades do grupo começaram em janeiro de 2017. Pessoas eram induzidas a aplicar o seu dinheiro na moeda virtual com a promessa de 1% de lucro ao dia. Como forma de convencimento, os envolvidos promoviam festas de música eletrônica e ostentavam carros de luxo, além disso, falavam que, em até seis meses, os investidores teriam ganhado R$ 1 milhão. No início, era possível o saque de qualquer quantia, depois, a empresa permitia saques no limite de R$ 600. Com o tempo, as vítimas tiveram dificuldades para resgatar o dinheiro aplicado, inclusive, muitas foram coagidas e ameaçadas.
As fraudes podem gerar prejuízo a 40 mil investidores das classes baixa, média e alta e podem ter movimentado cerca de R$ 250 milhões. Muitas vítimas venderam imóveis para aplicar o dinheiro na Kriptacoin. “Fica o alerta para não acreditar nesse tipo de promessa. Todas as vítimas podem procurar a delegacia próxima a sua residência para apresentar denúncia”, reforçou o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), Wisllei Salomão.
Em relação ao possível ressarcimento das vítimas, Binicheski explica que o dinheiro e os carros apreendidos “serão objetos de restituição, mas é provável que muita gente ainda fique no prejuízo”.
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