Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Eleições 2018: promotor de Justiça debate impactos das fake news na política

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Encontro na Câmara dos Deputados reuniu professores, pesquisadores, jornalistas e nomes do setor de comunicação, Justiça e democracia

A Câmara dos Deputados realizou, na manhã desta terça-feira, 19 de junho, no Plenário Ulysses Guimarães, Comissão Geral que debateu o tratamento dado a notícias reconhecidamente falsas ou fake news. A comissão foi requerida pelo procurador parlamentar da Câmara, deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), e contou com a participação do promotor de Justiça do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Frederico Meinberg, de professores, pesquisadores e jornalistas.

Na ocasião, Frederico disse que é preciso ampliar as discussões para além das fake news, citando o impulsionamento de notícias que, para ele, é um problema até maior do que as notícias falsas. “Essa discussão precisa estar calcada em fake news, obviamente, mas também em impulsionamento de conteúdo, segurança cibernética, em marketing e microtarget, porque foi isso que efetivamente modificou as eleições americanas e o referendo inglês da saída da União Europeia e que começou a balançar o plebiscito na Irlanda sobre o aborto”, comentou.

O promotor comentou, ainda, que as notícias falsas têm um fator psicológico. “Temos estudos que mostram que uma notícia falsa é compartilhada duas vezes mais que uma verdadeira. Isso é explicado pela predileção que as pessoas têm pelo absurdo ou pelo que choca. Além disso, tem o fator viciante dos aparelhos tecnológicos, que colabora com as fake news”, disse.

Frederico disse também que para combater as notícias falsas é preciso fazer uma regulamentação que considere as particularidades de cada plataforma. Finalizou afirmando que o WhatsApp deverá ser o grande vilão dessas eleições: “O México conseguiu, com muito sucesso, combater fake news no WhatsApp com checagens específicas para essa plataforma. Precisamos nos inspirar nisso”.

Na sua fala, o deputado Hildo Rocha lembrou que o problema das notícias falsas reside não só no caráter inverídico das informações, mas também na velocidade com que são propagadas e na falta de controle. “O intervalo de tempo em que uma postagem se alastra nas redes sociais é cada vez menor e, desse modo, cada vez mais incontrolável. É quase impossível prever o tamanho da repercussão de uma notícia falsa, mas é certo que supere, em qualquer circunstância, o posterior esforço de denunciá-la”, destacou.

O encontro também contou com representantes de redes sociais. A gerente de Políticas Públicas do Facebook, Mônica Rosina, disse que a plataforma tem tomado várias medidas para combater a propagação de notícias falsas. Segundo ela, a rede social tem mais de 15 mil funcionários hoje no mundo inteiro dedicados apenas a retirar do ar contas falsas. “Apenas no último trimestre, segundo nosso relatório de transparência, retiramos do ar seis milhões de contas falsas por dia”, declarou. Secretaria de Comunicação
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