Grupo se apresentava como proprietário dos imóveis e exigia das vítimas depósito inicial para garantir a locação
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu, na última quinta-feira, 10 de janeiro, denúncia contra estelionatários que atuavam em Ceilândia. André Martins Ramos, Andrea da Silva Lisboa, Daniela Silva Lisboa, Mariana Lisboa Urquiza de Araújo e Letícia Lisboa Santana teriam aplicados golpes em mais de 20 vítimas. O MPDFT denunciou o grupo por organização criminosa e estelionato.
Entenda o caso
Um membro do grupo dirigia-se a uma imobiliária, demonstrava interesse na locação ou compra do imóvel e pedia as chaves para uma visita. De posse das chaves, os integrantes da organização criminosa providenciavam uma cópia e devolviam a original. Depois, anunciavam o imóvel em cartazes nos quais se apresentavam como proprietários.
Os interessados eram atendidos por integrantes do grupo criminoso, que usavam outros nomes, normalmente Ana Paula, Paula ou Ana. As vítimas, geralmente, não tinham contato pessoal com os criminosos, somente por telefone ou Whatsapp. As chaves quase sempre eram deixadas nas caixas de correio dos imóveis para locação.
Quando as vítimas se interessavam pelo imóvel, era exigido um depósito inicial nas contas bancárias dos integrantes do grupo. De acordo com a denúncia, essa estratégia mostrou-se eficiente, despertando sempre nas vítimas a vontade de garantir a locação, que costumava ser oferecida por valor bem abaixo do mercado.
Algumas vítimas chegaram a se mudar para os imóveis. Quando descobriam a fraude, tentavam sem sucesso contato telefônico com os estelionatários. O grupo trocava rapidamente os chips de telefonia móvel com o objetivo de dificultar sua identificação e localização.
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